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DORES MUSCULOESQUELÉTICAS

25 de março de 2020

 

As dores musculoesqueléticas, como lombalgia, tendinite, artrose e fraturas por estresse afetam cerca de 90% da população e levam a 30% das faltas no trabalho.
Apesar dos números significativos, boa parte das pessoas não sabe como essas dores se manifestam, o que as ocasionam, formas de tratamento e prevenção.
De modo geral, o problema afeta a qualidade de vida por comprometer a amplitude de movimentos e gerar dor.

 

A dor musculoesquelética pode ser causada por doenças nos ossos, articulações, músculos, tendões, ligamentos, bursas ou uma combinação desses quadros clínicos.
A história clínica e o exame físico são sempre fatores significativos na determinação do diagnóstico. Os métodos de imagem convencionais colaboram com a confirmação.
A dor óssea é geralmente profunda, penetrante ou surda. Geralmente, ela resulta de uma lesão. Outras causas menos comuns da dor óssea incluem infecção do osso (osteomielite), distúrbios hormonais e tumores.

 

A dor muscular (conhecida como mialgia) geralmente é menos intensa do que a dor óssea, mas pode ser bem desagradável. Por exemplo, um espasmo muscular (uma contração muscular dolorida contínua) na panturrilha é uma dor intensa popularmente conhecida como cãibra. A dor ocorre quando o músculo é afetado por uma lesão ou quando há perda de fluxo de sangue para o músculo, infecção ou tumor.

 

A dor no tendão e ligamento geralmente é menos intensa do que a dor óssea. Ela é descrita frequentemente como “aguda”, piora quando o tendão ou ligamento afetados são alongados ou movimentados e geralmente melhora com repouso. As causas comuns de dor no tendão incluem tendinite, tenossinovite, epicondilite lateral ou epicondilite medial e lesões no tendão. A causa mais comum de dor no ligamento é lesão (entorse).

 

A dor nas bursas pode ser causada por um trauma, uso excessivo, gota ou infecção. Bursas são pequenas bolsas preenchidas com líquido que fornecem um amortecimento protetor ao redor das articulações. Geralmente, a dor piora com movimento envolvendo a bursa e melhora com repouso. A bursa afetada pode ficar inchada.

 

Dor articular (denominada artralgia) pode ou não estar relacionada à inflamação da articulação (denominada artrite). A artrite pode causar inchaço e dor. Uma grande variedade de distúrbios pode causar artrite, incluindo artrite inflamatória (como artrite reumatoide), osteoartrite, artrite infecciosa, gota e doenças relacionadas, doenças autoimunes (como lúpus eritematoso sistêmico) e vasculites (como vasculite associada à imunoglobulina A), osteonecrose e lesões que afetam a parte do osso dentro da articulação. A dor relacionada à artrite pode ser nova (aguda, por exemplo, quando causada por infecções, lesões ou gota) ou persistente (crônica, por exemplo, quando causada por artrite reumatoide ou osteoartrite). A dor resultante da artrite geralmente é pior quando a articulação é movimentada, mas, normalmente, está presente quando a articulação não está em movimento. Algumas vezes a dor originada nas estruturas próximas da articulação, como ligamentos, tendões e bursa, parece vir da articulação.

 

Fibromialgia pode causar dor nos músculos, tendões ou ligamentos. A dor é geralmente sentida ou causa sensibilidade em diversos locais e pode ser difícil descrevê-la precisamente, porém, ela normalmente não é originada nas articulações. As pessoas afetadas geralmente apresentam outros sintomas, como fadiga e sono de má qualidade.

 

Algumas doenças musculoesqueléticas causam dor ao comprimirem os nervos. Essas doenças incluem síndromes do túnel (por exemplo, síndrome do túnel do carpo, síndrome do túnel cubital e síndrome do túnel do tarso). A dor tende a se irradiar pelo percurso do nervo e pode estar associada a ardor. Geralmente, ela é acompanhada de formigamento, dormência ou ambos.

 

 

 

Dr. Paulo Márcio da Fonseca
Ortopedia e Traumatologia – CRM MT – 3422 – TEOT 6473 – RQE 907
– Especialista Membro Titular da Sociedade Brasileira
de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).
– Membro Titular da Associação Brasileira de Medicina e
Cirurgia do Tornozelo e Pé (ABTPé).
– Membro Titular da Associação Brasileira de Avaliação Óssea,
Osteoporose e Osteometabolismo (ABRASSO).
– Membro da Sociedade Médica de Terapia por Ondas de Choque.
– Membro da Sociedade Brasileira para estudo da dor (SBED).
– Atua na Área de Longevidade e Ortogeriatria.